quarta-feira, 30 de novembro de 2016

PIB no terceiro trimestre de 2016

Com os dados para as Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje, constatamos uma taxa de crescimento de -4,4% para o acumulado em quatro trimestres, menor do que os -4,8% acumulados até o segundo trimestre do ano, a queda mais intensa registrada em toda a série histórica. Ainda para os acumulados, todos os componentes da demanda registraram redução no ritmo de queda, com destaque para a formação bruta de capital fixo, passando de -15,0% até o segundo trimestre para -13,5% acumulados até o terceiro trimestre. Para as exportações, redução na taxa de crescimento de 7,2% para 6,8% foi registrada no período. A discrepância entre a taxa de crescimento do PIB e a apuração do nível de atividade registrada pelo IBC-BR aumentou mais uma vez, indicando perda do poder de previsão desse indicador (-5,5% do IBC-BR ante -4,4% do PIB); de fato, a correlação entre as duas séries para acumulados trimestrais, apesar de elevada, vem se reduzindo nos últimos trimestres.

Na comparação deste terceiro trimestre contra igual trimestre de 2015, crescimento de -2,9% foi registrado, sendo que a maior queda se deu no quarto trimestre de 2015 (-5,8%), comparado a igual trimestre do ano anterior. Com relação à mediana do mercado financeiro, de acordo com o último boletim Focus divulgado, devemos fechar o ano com uma taxa de crescimento do PIB de -3,49%. Para tal previsão se concretizar, o PIB do quarto trimestre de 2016 teria que cair a um ritmo menor com relação ao último trimestre de 2015, a uma taxa de -2,05%. Nessa mesma comparação, caso ocorresse estagnação neste último trimestre de 2016, fecharíamos o ano com uma taxa de crescimento de-2,99%.

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