sexta-feira, 31 de agosto de 2018

PIB no segundo trimestre de 2018

Os dados para as Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje para o segundo trimestre, nos levam a algumas conclusões gerais: o ritmo de crescimento se desacelerou, o que encontra explicação parcial na greve dos caminhoneiros, sendo que a taxa de crescimento de 1,0%, na comparação com igual trimestre do ano anterior, além de ser a menor dentre as últimas quatro divulgações, vem se desacelerando desde o último trimestre de 2017, não constituindo, portanto, fenômeno isolado. O consumo das famílias, na mesma comparação, também se desacelerou, após um crescimento maior no primeiro trimestre de 2018 (2,8%) do que o observado no último trimestre de 2017 (2,6%), atingindo agora também a menor taxa de crescimento das últimas quatro divulgações, com 1,7%. O crescimento do consumo do governo, que apresentava taxas negativas desde o  quarto trimestre de 2014, com uma única exceção no segundo trimestre de 2016 (0,2%), tornou a ficar levemente positivo (0,1%) neste segundo trimestre de 2018. A má notícia vem das exportações, com -2,9% de crescimento, e a boa notícia é que a formação bruta de capital fixo se manteve em patamares pŕoximos aos observados nos dois trimestres anteriores, com 3,7% de crescimento neste segundo trimestre. Do ponto de vista das atividades econômicas, a Construção continua em queda (-1,1%), apesar de ser a menor em quatro anos, a despeito de Indústria de Transformação (1,8%) e Comércio (1,9%) estarem em terreno positivo, porém distante do apurado para o primeiro trimestre (4,0% e 4,5%, respectivamente). Vale destacar ainda, do ponto de vista do acompanhamento aqui realizado, que as taxas de crescimento do IBC-BR para acumulados em quatro trimestres voltaram a seguir mais de perto as taxas de crescimento do PIB: enquanto o indicador do Banco Central nos antecipava taxas de 1,2% e 1,3%, respectivamente, para primeiro e segundo trimestres, o dado oficial apurado pelo IBGE foi de 1,3% e 1,4%.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

IBC-BR no segundo trimestre

Com dados revisados divulgados hoje, após um primeiro trimestre com alta de 0,93% frente a igual período do ano anterior, composto por crescimento de 2,74% em janeiro, 0,75% em fevereiro e -0,54% em março, finalizamos o segundo trimestre com alta de 0,84%. A composição é igualmente díspar, com alta de 3,67% em abril, queda de -2,91% em maio (greve dos caminhoneiros) e nova alta, de 1,82%, em junho, sempre na comparação com iguais períodos do ano anterior. Assim, a primeira metade do ano apresentou crescimento de 0,89% na comparação com o primeiro semestre de 2017. Com dados trimestralizados e para acumulados em quatro trimestres, como costumamos apresentar aqui, o crescimento se elevou de 1,20% no primeiro trimestre para 1,31% no fechamento deste segundo trimestre.