segunda-feira, 19 de setembro de 2016

IBC-BR de julho

Com a divulgação de hoje do IBC-BR de julho, não pode ser observada alteração significativa no acumulado do ano: se, até junho, com dados atualizados, tivemos um acumulado de -5,30% de crescimento da atividade econômica, somando-se o mês de julho obtemos um acumulado de -5,29%. Nas comparações com igual mês do ano anterior, o mês de julho voltou a apresentar uma forte queda, de 5,20%, a maior desde a apresentada em março, de 6,52%; abril, maio e junho de 2016, comparados a iguais meses de 2015, apresentaram, respectivamente, quedas de 4,82%, 4,79% e 2,90%. Nossas projeções apontam que: (i) se o crescimento para agosto e setembro for dado pela média dos 12 meses imediatamente anteriores, alcançaremos uma taxa de crescimento de -5,66% (ante -5,48% medida até o segundo trimestre) no acumulado em quatro trimestres até o terceiro trimestre do ano; e (ii) se o crescimento para agosto e setembro for projetado pela média dos 3 meses imediatamente anteriores, atingiremos um crescimento de -5,55% no fechamento do terceiro trimestre. Finalmente, ainda que a atividade econômica tivesse se estabilizado a partir de agosto (com cada mês reproduzindo o ocorrido no mesmo mês do ano anterior), somente pelo contabilizado até julho, fecharíamos o terceiro trimestre a um ritmo de queda de 5,20% e o ano de 2016 com um crescimento negativo de 3,65%. Para atingirmos uma taxa de crescimento do PIB de -3,15%, divulgada hoje no Boletim Focus, pressupõe-se, portanto, recuperação da atividade econômica em algum momento deste segundo semestre e não mais somente uma estabilização da mesma.