quinta-feira, 14 de setembro de 2017

IBC-BR de julho

De acordo com os dados de julho para o IBC-BR, divulgados hoje, iniciamos o segundo semestre em terreno positivo, com um crescimento de 1,4% com relação a igual mês do ano anterior, o que nos leva de um acumulado até junho da ordem de -0,07% (dados revisados) para um acumulado até julho de 0,14%. O carregamento do crescimento até julho nos levaria, na hipótese de estagnação para os cinco meses restantes do ano, a uma taxa de crescimento de -0,15% no fechamento de 2017. Supondo um crescimento mensal dado pela médias dos três meses imediatamente anteriores, fecharíamos o terceiro trimestre a uma taxa de crescimento de -1,12% (para acumulados em quatro trimestres) e o ano  a uma taxa de crescimento positiva, da ordem de 0,13%.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

PIB no segundo trimestre de 2017

A divulgação de hoje das Contas Nacionais Trimestrais trouxe a primeira alta do PIB, na comparação com igual trimestre do ano anterior, desde o primeiro trimestre de 2014: crescimento de 0,3%. Diferentemente do primeiro trimestre de 2017, no qual todos os componentes da demanda interna estavam caindo, o Consumo das Famílias apresentou uma alta de 0,7%, ainda na mesma comparação, com quedas de 2,4% no Consumo do Governo e de 6,5% da Formação Bruta de Capital Fixo - sendo essa última mais elevada que a observada no primeiro trimestre. As Exportações cresceram a uma taxa de 2,5% enquanto as Importações cresceram a uma taxa de -3,3%. Na decomposição para a alta de 0,3% no PIB, a maior contribuição para o crescimento adveio, a exemplo do observado no primeiro trimestre, da Variação de Estoques (+0,6%), seguida do Consumo das Famílias (+0,5%), da queda das Importações (-0,4%) e da alta das Exportações (+0,3%). De longe, a maior contribuição negativa foi da Formação Bruta de Capital Fixo (-1,1%), seguida do Consumo do Governo (-0,5%). Do ponto de vista das Atividades Econômicas, a Agropecuária apresentou uma maior contribuição ao crescimento na comparação com igual trimestre do ano anterior, tornando-se também a maior contribuição no aumulado em 4 trimestres; curiosamente, até o primeiro trimestre do ano, a maior contribuição era oriunda dos serviços de utilidade pública (Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana) para essa última comparação. Voltando aos componentes da demanda, também a Variação de Estoques constitui a principal contribuição (+1,1%) na decomposição da taxa de crescimento do PIB, de -1,4% para acumulados em quatro trimestres. O Consumo das Famílias, nessa base de comparação, contribui com -1,2%, a Formação Bruta da Capital FIxo com -1,0%, o Consumo do Governo com -0,2% e as Exportações e Importações se anulam, com -0,1% cada.