terça-feira, 15 de março de 2016

PNAD Contínua e Desigualdade


Com os microdados para a PNAD Contínua relativos ao último trimestre de 2015 divulgados hoje, podemos complementar as informações contidas na Nota de Pesquisa acerca da desigualdade de renda divulgada neste espaço. Calculando o índice de Gini para o quarto trimestre de 2015, constatamos um aumento da desigualdade (o índice passou para 0,5595), seja em relação ao trimestre imediatamente anterior (0,5551), seja na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (0,5484). Em termos de médias anuais, pode-se notar estabilidade ou leve aumento na desigualdade para 2015 com relação ao ano anterior. Ainda, estabilidade ou leve redução na comparação com 2013 e um nível de desigualdade inferior ao observado no ano de 2012 deve prevalecer para as análises para o ano de 2015. As ressalvas relativas ao cálculo de medidas de desigualdade para a PNAD Contínua contidas na referida nota devem ser levadas em consideração.

segunda-feira, 14 de março de 2016

divulgação do IBC-BR de janeiro, realizada hoje pelo Banco Central, corrobora com as estatísticas já divulgadas para o início deste ano, as quais sinalizam que a queda da atividade econômica continua ganhando força. Em termos de acumulados em quatro trimestres, caso o ritmo de queda mantivesse o mesmo ímpeto dado pela média dos três últimos meses (novembro, dezembro e janeiro), teríamos uma taxa de crescimento de -4,85% ao encerrarmos o primeiro trimestre do ano. Ainda que o ritmo de queda fosse estancado para fevereiro e março de 2016 (estagnação com relação aos mesmos meses do ano anterior), já teríamos o trimestre encerrado em março com taxa de crescimento de -4,29%. Para termos uma ideia do ritmo de queda acentuado captado para janeiro, estendendo a hipótese de estagnação (com a base já deprimida do ano de 2015) para os demais meses do ano, encerraríamos o segundo trimestre com taxa de crescimento de -3,70%, o terceiro trimestre com -2,71% e o ano com -1,18%.

quinta-feira, 3 de março de 2016

A partir dos dados das Contas Nacionais Trimestrais divulgados hoje, a taxa de crescimento para o PIB em 2015 foi de -3,85%. Novamente, o IBC-BR, trimestralizado de acordo com metodologia do NEMEC, subestimou o ritmo da queda. Ressalta-se, entretanto, que a correlação entre as duas séries desde o início da divulgação do IBC-BR não se alterou e continua superior a 0,99. Decompondo o crescimento de acordo com a demanda, os componentes que mais contribuíram para a queda de 3,85% foram a Formação Bruta de Capital Fixo, com -2,84%, e o Consumo das Famílias, com -2,49%. Houve ainda contribuição negativa dos componentes Consumo do Governo, com -0,20%, e Variação de Estoques, com -0,98% (totalizando uma contribuição negativa do Investimento de -3,82%). As contribuições positivas foram dadas pelas Exportações, com 0,68% e pela queda das Importações, contribuindo com 1,99%.