sexta-feira, 22 de abril de 2016

IBC-BR de fevereiro

A divulgação do IBC-BR, realizada hoje pelo Banco Central, chama a atenção para a nova metodologia adotada para o cálculo do IBC-BR, mormente em função da substituição dos indicadores de mercado de trabalho obtidos anteriormente a partir da PME (descontinuada, como amplamente divulgado) pelos calculados por meio da PNAD Contínua (explicação a partir da página 23 deste Relatório de Inflação de Março). Comparação, efetuada no mesmo relatório, destaca que não foram observadas alterações acentuadas na trajetória do indicador.


Procedemos, assim, à análise dos resultados levando em conta a nova série divulgada pelo Banco Central. Projetando o fechamento do primeiro trimestre a partir da média do crescimento de dezembro, janeiro e fevereiro, observamos que o ritmo de queda parou de ganhar força: (i) a projeção é ter encerrado o primeiro trimestre a uma taxa de crescimento de -4,83%, sempre para acumulados em quatro trimestres, similar à observada a partir dos dados anteriores considerando novembro, dezembro e janeiro; (ii) sob a hipótese de estagnação (com relação a igual mês do ano anterior) a partir de março, teríamos queda de 4,65% no primeiro trimestre e de 4,12% no primeiro semestre de 2016.


2 comentários:

  1. Fabrício, você acha que a mudança metodológica tem algo que ver com o ritmo de queda ter parado de ganhar força?

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  2. Não. De fato, com a mudança, se considerássemos os dados até a divulgação de janeiro, a queda seria maior do que com a metodologia anterior, de modo que agora poderíamos falar num pequeno arrefecimento do ritmo de queda.

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